VITAMINA B1

AMOSTRA

Sangue com anticoagulante EDTA. 5,0 ml.

 

ANTENDIMENTO

Em todas as unidades. Tem restrição de cobertura por convênios.

 

PREPARO DO PACIENTE

Jejum não obrigatório.

 

COLETA

Colher 5,0 ml de sangue em tubo a vácuo com anticoagulante EDTA, rolha roxa. NTO: Congelar o tubo com o sangue total, sem centrifugação, mantendo a amostra congelada e ao abrigo da luz até a realização do exame.

 

MÉTODO

Cromatografia Líquida de Alta Performance - HPLC.

 

VALOR REFERENCIAL

28,0 a 85,0 mcg⁄l

 

INTERPRETAÇÃO

A Vitamina B1, Tiamina ou Aneurina é encontrada no mundo vegetal: na palha de arroz, em frutas, em verduras, em cereais como feijão, lentilha, ervilha e outros. Nos tecidos animais, ocorre sob formas químicas diferentes e é encontrada no leite, na carne e em ovos. É indispensável para o bom funcionamento do sistema nervoso. A carência de Vitamina B1 determina sintomas diversos, principalmente nervosos, cardíacos de intensidade variável, de acordo com o grau de carência. Quando há falta de tiamina, o paciente sofre de diminuição do apetite, seguida de distúrbios gastrintestinais e de debilidade geral. Podem surgir logo alterações nos membros que levam a uma completa paralisia dos braços e pernas. A paralisia é causada por degeneração (polineuropatia) dos nervos. São observados também sintomas como nervosismo, fadiga, depressão, irritabilidade e distúrbios de comportamento e memória. Nos casos mais graves ocorre a dilatação do coração, com aparecimento de palpitações, inchaços e falta de ar. Essa ocorrência leva a uma progressiva insuficiência cardíaca. Essas manifestações resultam se devem ao fato de o metabolismo dos hidratos de carbono ser alterado pela falta de vitamina B1. A tiamina entra na constituição das enzimas promovem a formação e transformação do ácido pirúvico. O ácido pirúvico, por sua vez, é uma das substâncias intermediárias mais importantes para a realização das transformações bioquímicas das proteínas, das gorduras e, especialmente, dos hidratos de carbono. A falta de tiamina impede a sucessiva transformação do ácido pirúvico e, portanto, impede também a utilização das substâncias que dependem dele para serem aproveitadas pelas células a fim de satisfazerem suas necessidades energéticas. As células nervosas são as mais atingidas. A determinação da vitamina B1é útil no diagnóstico de beriberi, que se caracteriza por neuropatia periférica e lesões cutâneas, e da síndrome de Wernicke-Korsakoff, que se manifesta por confusão mental e distúrbios da  motilidade ocular. A concentração plasmática de tiamina pode estar diminuida devido a alcoolismo, neoplasias, diabetes, carência nutricional, diarréia prolongada e outras doenças crônicas.