HUNTINGTON, DOENCA, DIAGNOSTICO MOLECULAR

AMOSTRA
Sangue com anticoagulante EDTA. 5,0 ml.
 
ATENDIMENTO.
Em todas as unidades. Tem restrição de cobertura por convênios. Previsão de entrega do resultado: 30 dias.
 
PREPARO DO PACIENTE
Jejum não obrigatório.
 
COLETA
Colher 5,0 ml de sangue em tubo a vácuo com anticoagulante EDTA, rolha roxa. Manter em temperatura ambiente.
 
MÉTODO
PCR-STR Fluorescente.
 
VALOR REFERENCIAL
Ausência da mutação genética.
 
INTERPRETAÇÃO
A doença de Huntington (DH) é uma afecção neurodegenerativa hereditária de caráter autossômico dominante cuja prevalência é de 5 a 10 casos por 100.000 habitantes. As manifestações clínicas iniciam-se com maior freqüência entre as idades de 35 e 50 anos e caracterizam-se por um quadro progressivo de movimentos anormais e involuntários do tipo coréico, que afetam com maior freqüência membros inferiores e face, associado a distúrbios psiquiátricos e deterioração progressiva e irreversível das funções cognitivas. A coréia tende a tornar-se incapacitante, mas à medida que a doença progride é lentamente substituída por um quadro de rigidez. Os distúrbios psiquiátricos, como depressão, mania, distúrbio obsessivo-compulsivo e ansiedade, podem preceder as manifestações motoras, enquanto as funções cognitivas geralmente são afetadas somente na fase mais avançada da doença, que evolui para um quadro de demência. A sobrevida média após o início das manifestações é de 15 a 20 anos, sendo o óbito freqüentemente causado por aspiração e pneumonia, trauma decorrente de quedas, ou sépsis decorrente de úlceras de decúbito. A forma juvenil, ou variante de Westphal, que se manifesta antes dos 20 anos de idade e responde por cerca de 10% dos casos, ocorre com maior freqüência quando o pai é o genitor afetado (75 a 80% dos casos) e diferencia-se por apresentar menor sobrevida, de cerca de 8 anos, predomínio de rigidez desde o início e maior probabilidade de convulsões. A DH é um dos 8 distúrbios conhecidos provocados por mutação caracterizada por aumento do número de repetições de trinucleotídeo CAG, que codifica o aminoácido glutamina. Repetições de trinucleotídeos freqüentemente são encontradas em genes que codificam fatores de transcrição (proteínas que regulam a expressão de outros genes) e em genes que regulam o desenvolvimento. Na DH o gene afetado (IT15), localizado no cromossomo 4, codifica a proteína huntingtina, de função ainda desconhecida, mas possivelmente envolvida no desenvolvimento embrionário normal, na hematopoiese e na neurogênese. A huntingtina normalmente apresenta até 35 resíduos de glutamina na extremidade N-terminal, enquanto a mutante apresenta 38 ou mais resíduos e forma agregados cuja translocação para o núcleo parece ser um evento crítico que induz a morte neuronal por apoptose (morte celular programada). As mutações por expansão de segmentos de trinucleotídeos são denominadas dinâmicas ou instáveis, pois tendem a aumentar de uma geração para outra. Como existe uma relação inversa entre o tamanho da expansão do segmento de poliglutamina e a idade de início das manifestações, em tais doenças pode ocorrer o fenômeno de antecipação, onde os descendentes desenvolvem manifestações em idade mais precoce que seu genitor afetado. Na DH a correlação clínica entre estes parâmetros é significativa apenas para mutações com mais de 60 ou 70 repetições CAG, mas como a maior parte dos pacientes apresenta entre 40 e 49 repetições, raramente o fenômeno de antecipação é observado. Ao contrário de outras doenças provocadas por expansão de CAG, na DH a instabilidade da mutação ocorre quando o pai é o genitor afetado.
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